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Iraque: enviado da ONU condena ataques que mataram dezenas em mesquitas

Iraque: enviado da ONU condena ataques que mataram dezenas em mesquitas

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Representante do secretário-geral fala de tentativa de fazer o país retornar aos conflitos sectários; agências de notícias informaram que pelo menos seis locais de culto foram atacados em Muqdadiya na província oriental de Diyala.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque, Ján Kubis, condenou esta terça-feira o bombardeamento de seis mesquitas em Muqdadiya na província iraquiana de Diyala, a leste.

De acordo com agências de notícias, pelo menos 23 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas no ataque que ainda não foi reivindicado.

Conflitos Sectários

O enviado disse que uma vez mais, lugares de culto foram atacados e que "os responsáveis querem incitar a violência sectária numa tentativa desesperada de levar o país de volta aos dias sombrios de conflitos sectários".

Os relatos das agências também dão conta de ataques de milícias xiitas contra sunitas em al-Asiri, onde  explodiram sete casas e foram incendiadas 36 lojas no principal mercado da área.

Carro Armadilhado

A media internacional também cita fontes das forças de segurança dando conta de vários ataques de represália.

Na segunda-feira, pelo menos 20 pessoas foram mortas num café da cidade de Muqdadiya, numa ação reivindicada pelo autoproclamado Estado Islâmico.

Discórdia

Kubis condenou igualmente as incursões ao Centro Comercial de Bagdad que foi alvo de um carro armadilhado. O ataque culminou com vários mortos e feridos.

O representante apelou a todas as partes a não deixar-se arrastar para um ciclo de represálias pelo que chamou de "atos ultrajantes" que visam promover a discórdia entre os vários componentes da sociedade iraquiana.

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Photo Credit
Ján Kubis. Foto: ONU/Amanda Voisard