Órgão também condenou ação contra consulado em Mashhad; Arábia Saudita cortou relações diplomáticas com Irã; embaixador saudita junto às Nações Unidas afirmou que medida não vai afetar apoio do país a esforços para paz na Síria e no Iêmen.

Eleutério Guevane e Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança condenou "nos termos mais fortes" os ataques à embaixada da Arábia Saudita em Teerã e ao consulado geral em Mashhad, no Irã.

Os 15 Estados-membros do órgão lembraram o princípio da inviolabilidade de instalações diplomáticas e consulares e as obrigações de governos anfitriões de proteger estas instalações.

Protestos

Os ataques foram cometidos por manifestantes que protestavam contra a execução de um líder religioso xiita no sábado pela Arábia Saudita. Outras 46 pessoas também foram condenadas à pena capital.

O embaixador da Arábia Saudita junto às Nações Unidas falou a jornalistas na sede da ONU, em Nova York, nesta segunda-feira, sobre as tensões entre os dois países.

Síria e Iêmen

Abdallah bin Yahya Al-Moallimi afirmou que, do lado saudita, o corte nas relações diplomáticas entre Arábia Saudita e Irã, “não deve afetar” as negociações de paz para Síria e o Iêmen.

O embaixador afirmou que seu país “continuará trabalhando para apoiar os esforços para a paz” nestas nações.

A Arábia Saudita rompeu as relações diplomáticas com o Irã em resposta aos ataques às instalações diplomáticas. Segundo agências de notícias, a medida foi seguida pelo Barein e pelo Sudão.

Calma

Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU pediu calma ao Irã e à Arábia Saudita.  Ban Ki-moon fez um apelo aos países para que evitem ações que possam "exacerbar" ainda mais a situação entre eles e também de toda a região do Oriente Médio.

Ban conversou por telefone com os ministros das Relações Exteriores saudita, Abel Al-Jubeir e iraniano, Mohammad Javad Zarif.

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