Além da vacinação, especialistas querem usar kits de exames em países de média e baixa rendas, onde ocorrem 85% dos casos.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou uma nova estratégia para combater o câncer cervical.
Segundo a OMS, a doença mata mais de 270 mil mulheres por ano no mundo. Os médicos alertam que a iniciativa pode representar "a diferença entre vida e morte para meninas e mulheres".
Vacinação
Uma das recomendações da OMS é para uma rápida implementação do programa de vacinação em meninas entre 9 e 13 anos contra o vírus papiloma, que causa a doença.
Em Genebra, a médica da organização, Nathalie Broutet, afirmou que o câncer cervical é uma das principais causas de morte entre mulheres, mas ao mesmo tempo é uma das doenças que mais podem ser evitadas.
Segundo ela, a vacina contra o câncer cervical está disponível há quatro anos e já está mostrando resultados valiosos.
Redução
Broutet disse que em países como "a Austrália, que começou a implementar a vacina há quatro anos, é possível ver mudanças drásticas nas lesões pré-cancerígenas como também uma grande redução nos casos de lesões cancerígenas".
A médica da OMS declarou que foi constatada uma redução das verrugas genitais, que têm ligação com o vírus papiloma.
A especialista espera que mais países comecem a utilizar a vacina, principalmente as nações de baixa e média rendas onde o câncer cervical terá um grande impacto nos próximos anos.
A OMS recomenda também a utilização de kits de exame para detectar a doença nos países mais pobres, onde ocorrem 85% dos casos.
Nathalie Broutet afirmou que os exames são essenciais já que a vacina não fornece proteção contra todos os tipos do vírus que causa o câncer cervical.