Centenas de delegados de Fórum sobre o tema no continente apelaram à proteção adequada contra os abusos na área; um dos objetivos é que seja garantida indemnização das vítimas.
Eleutério Guevane, Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de 200 empresários e peritos internacionais apelaram para tornar os negócios uma força que melhore os direitos humanos em África.
A recomendação do 1º. Fórum Africano sobre Empresas e Direitos Humanos é que haja proteção adequada contra os abusos dos direitos relacionados com negócios. Por outro lado, pretende-se assegurar que as vítimas possam obter indemnização. O evento encerrou, esta quinta-feira em Adis Abeba.
Recursos
O presidente do Grupo de Trabalho da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos apontou para o rápido crescimento económico no continente, acompanhado de novos investimentos em terras e recursos naturais. Mas observou que está a aumentar a consciência do que leva os direitos humanos a serem considerados nas estratégias e operações de negócios.
O evento marcou o compromisso da União Africana e das Nações Unidas em unirem forças para apoiar práticas empresariais responsáveis, que devem ser implementadas à luz dos direitos humanos básicos.
Investimentos
O vice-secretário executivo da Comissão Económica da ONU para África, Abdalla Hamdok, disse tratar-se do meio para garantir o interesse e o bem-estar dos povos de África. Ele frisou o papel fundamental de um bom negócio para a sustentabilidade dos investimentos.
O encontro, que debateu os desafios atuais em África, foi organizado pelo Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos.
Como parceiros estiveram a Comissão da União Africana, a Comissão Económica da ONU para a África e o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Problemas e Soluções
Uma das propostas do encontro é que sejam definidos planos de acção nacionais para fazer avançar a agenda de negócios e dos direitos humanos. Os projetos devem ser desenvolvidos com envolvimento de partes interessadas para identificar os problemas e buscar soluções.
O evento realizado a nível africano deve ajudar a preparar o Fórum Mundial da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos, previsto para o período entre 1 e 3 dezembro desde ano em Genebra.