Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas afirmaram que os países envolvidos num incidente sobre uma viagem oficial do presidente da Bolívia devem discutir o assunto.
Em nota, emitida na noite de quarta-feira, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, disse compreender as preocupações do governo da Bolívia sobre o tema. Ele aproveitou para dizer que se sente aliviado pelo fato de o que chamou de “incidente infeliz” não ter acarretado em consequências à segurança do presidente boliviano, Evo Morales, e de sua comitiva.
Cimeira
Segundo agências de notícias, autoridades da França e de Portugal teriam impedido o avião presidencial de cruzar seus respectivos espaços aéreos por causa de relatos de que a aeronave estaria transportando o americano Edward Snowden, acusado de vazar informações secretas do serviço de inteligência dos Estados Unidos.
O presidente Evo Morales estava regressando de uma viagem oficial a Moscou, na Rússia, onde participou da Segunda Cimeira do Fórum de Países Exportadores de Gás.
Viena
Ainda na quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia emitiu um comunicado condenando as decisões de Portugal e da França, que foram classificadas pelas autoridades bolivianas de “agressão à Bolívia e ao presidente.”
O documento assinalou ainda que a decisão dos dois países teria violado tratados internacionais, além de “formar um atentado à vida e à segurança de um chefe de Estado.”
O avião que transportava o presidente Evo Morales foi obrigado a fazer um pouso de emergência em Viena, na Áustria, até reprogramar o plano de voo.