O responsável do Banco Mundial, Otaviano Canuto, em entrevista à Rádio ONU, indicou que a crise no sistema bancário europeu pode piorar o quadro da economia mundial; mas para o especialista, as oportunidades vão estar em África.
[caption id="attachment_210330" align="alignleft" width="350" caption="Foto: Banco Mundial"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York*.
O desaceleramento da economia mundial pode afetar os programas de combate à pobreza nos países em desenvolvimento.
Esta é a opinião de especialistas na área, incluindo o vice-presidente para a Redução da Pobreza e Gestão Económica do Banco Mundial, Otaviano Canuto.
Oportunidades e Desafios
De acordo com o Banco Mundial, a economia global deve crescer 2,5 por cento por cento este ano contra uma previsão de 3,6 por cento feita em junho passado. Mas a crise na zona euro é uma das maiores preocupaçãoes dos analistas.
Quanto ao continente africano, o especialista, em entrevista à Rádio ONU de Washington, afirmou que as oportunidades estão à vista, em especial para os exportadores de petróleo, como Angola.
“No caso dos países de língua portuguesa na África, abrem-se oportunidades e desafios. Nós sabemos que os preços de matérias-primas, inclusive o preço do petróleo, vão permanecer favoráveis. E para quem é abençoado com recursos naturais, essa é uma janela para ser utilizada durante um período de cinco a 10 anos, em que realmente esses países podem aproveitar a chance e usar essa renda extra para transformar o país em termos de educação, de infraestrutura. Essa janela é, por exemplo, uma janela aberta para Angola.
Ainda de acordo com o relatório do Banco Mundial, “Perspectivas Económicas Globais”, as economias avançadas devem crescer 1,4 por cento e as emergentes 5,4 por cento.