Cabo Verde foi citado pela Organização Mundial do Comércio como exemplo de nação onde o impulso dos doadores permitiu a abertura ao comércio e agendas de reforma das autoridades.
[caption id="attachment_201899" align="alignleft" width="350" caption="Ban Ki-moon discursando em Genebra esta terça-feira"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O impacto contínuo da crise financeira não pode ser pretexto para o corte de fundos de ajuda para o comércio entre países em desenvolvimento, menos desenvolvidos e o resto do mundo, disse o Secretário-Geral da ONU.
Discursando, esta terça-feira, em Genebra, no segundo dia da Terceira Revisão Global de Ajuda para o Comércio, Ban Ki-moon disse que o compromisso de ajuda aos países mais pobres, assumido pelos doadores, começa a resvalar.
Promessa
A promessa de apoio dos doadores foi feita no início do programa em Hong Kong, em 2005, e previa a integração das nações mais pobres na economia global.
De acordo com Ban, perante a incerteza económica marcada pelo aperto de orçamentos e difíceis condições fiscais, os factores não devem ser pretexto para fazer recuar os esforços de apoio. O Secretário-Geral indicou ter havido uma queda na taxa anual de aumento de ajuda para o comércio e pediu à comunidade doadora que, no mínimo, não reduza o nível actual de ajuda ao comércio.
Cabo Verde
Na abertura do evento, Cabo Verde foi citado como exemplo de nação onde o impulso dos doadores permitiu a abertura do país ao comércio e influenciou a agenda de reforma das autoridades. O director-geral da Organização Mundial do Comércio,OMC, Pascal Lamy, apontou o exemplo do país africano ao lado da Costa Rica e do Vietname.
A ajuda para o comércio visa apoiar as nações em desenvolvimento, e particularmente os da categoria dos países menos desenvolvidos, na aquisição de habilidades e infra-estruturas para o comércio.
O objectivo é que estes beneficiem dos acordos da OMC para a expansão do comércio global.