Segundo Secretário-Geral, vício é doença, não crime; ele discursou no lançamento do relatório do Unodc sobre o consumo de drogas no mundo; Brasil está entre os países com abuso de uso de analgésicos.
[caption id="attachment_199324" align="alignleft" width="350" caption="Novos dados do Unodc "]
Por Daniela Gross, da Rádio ONU em Nova York.
O novo relatório sobre o consumo de drogas no mundo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, revelou que o mercado de cocaína, heroína e maconha diminiu ou se manteve estável.
Porém, ouve um aumento do uso de analgésicos e drogas sintéticas. O Brasil está entre os países onde foi constatado abuso do uso de analgésicos sem prescrição médica.
Mercado Brasileiro
O relatório afirma ainda que a maconha é a droga mais consumida no Brasil. Um terço da cocaína produzida na América do Sul é vendida no mercado brasileiro, que teria cerca de 900 mil usuários da droga.
Em declaração durante o lançamento do relatório, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que os usuários de droga não devem ser tratados com discriminação. Para Ban, eles precisam de tratamento médico adequado. “O vício é uma doença, não um crime”, afirmou.
A atriz Mackenzie Phillips, que também participou do evento, contou como aprendeu a fazer cigarros de maconha com o pai aos 10 anos. Ao 17, teve cocaína injetada pelo próprio pai. “Eu realmente não tive chance alguma”, disse ela.
De acordo com o relatório, 210 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos já fizeram uso de alguma substância ilícita. Os principais mercados de cocaína estão nos Estados Unidos e na Europa.