Entrevista: Genocídio ruandês e suas lições ao mundo
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A partir do genocídio de Ruanda fala-se, de facto, de uma responsabilidade de proteger os povos contra genocídios, considera a professora doutora Sabrina Medeiros, do Rio de Janeiro. Ela analisa o Dia Internacional para Reflexão do Genocídio do Ruanda, marcado neste 07 de Abril.
Do ponto de vista doutrinário, a comunidade internacional começou a desenhar ‘com maior segurança e confiabilidade' as regras internacionais de intervenção baseadas no Direito Internacional Humanitário, disse em entrevista à Rádio ONUa especialista em Relações Internacionais.
Sabrina Medeiros é também docente na Escola de Guerra Naval e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela defende que a crise ruandesa chama atenção do mundo para os "estragos causados pela colonização ao continente, que resultaram em divisões que não obedeciam às tradições locais."
A académica frisou que conflitos de proporção étnica e política, como os do Ruanda, merecem uma mediação combinada e a longo prazo que "acabam ganhando contornos que muitas vezes não são aceites pelas populações locais."
Acompanhe a entrevista.
Tempo: 9'05''
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