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Agência da ONU investe em sistemas alimentares mais sustentáveis na África

O Fundo Internacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento Agrícola e o Banco Africano do Desenvolvimento unem forças para resolver problemas de produtividade agrícola em África,  produzindo alimentos de forma sustentável no continente.
Unicef/Asselin
O Fundo Internacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento Agrícola e o Banco Africano do Desenvolvimento unem forças para resolver problemas de produtividade agrícola em África, produzindo alimentos de forma sustentável no continente.

Agência da ONU investe em sistemas alimentares mais sustentáveis na África

Desenvolvimento econômico

Parceria vem complementar apostas nas áreas de desenvolvimento agrícola, nutrição e segurança alimentar; a ideia é contrariar tendência de insegurança alimentar que afeta milhões de africanos; iniciativa quer dobrar níveis de produtividade no continente.

O Fundo Internacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento Agrícola e o Banco Africano do Desenvolvimento unem forças para resolver problemas de produtividade agrícola em África,  produzindo alimentos de forma sustentável no continente.

A intenção foi formalizada num acordo que vai apoiar à Missão Pan-Africana, 1 para 200, cujo foco é aumentar a produção agrícola, dobrando os níveis de produtividade através da expansão das agrotecnologias, investindo no acesso aos mercados e promovendo pesquisa e desenvolvimento agrícola.

A ação surge num contexto em que a segurança alimentar de milhões de africanos continua a ser afetada pela subida dos preços dos alimentos e dos combustíveis. A situação pode ser agravada ainda mais pelas ameaças de uma crise de dívida em alguns países.
© UNHCR/Colin Delfosse
A ação surge num contexto em que a segurança alimentar de milhões de africanos continua a ser afetada pela subida dos preços dos alimentos e dos combustíveis. A situação pode ser agravada ainda mais pelas ameaças de uma crise de dívida em alguns países.

Dependência de importação

A ação surge num contexto em que a segurança alimentar de milhões de africanos continua a ser afetada pela subida dos preços dos alimentos e dos combustíveis. A situação pode ser agravada ainda mais pelas ameaças de uma crise de dívida em alguns países.

A iniciativa conjunta quer construir sistemas alimentares sustentáveis, inclusivos e adaptados ao clima e reduzir a dependência de importação de alimentos, fornecendo apoio aos pequenos agricultores.

O Presidente do Fundo, Álvaro Lario, explica como a atual convergência de crises expôs as questões estruturais subjacentes que afetam a agricultura e os sistemas alimentares e disse que muitos países da África precisam encontrar soluções agora para evitar consequências mais extremas.

O Fundo da ONU considera a alta nos preços dos fertilizantes um obstáculo para a produção de alimentos em muitos países africanos e prevê que limitadas importações de grãos devido a guerra na Ucrânia e fatores ambientais acabem afetando o abastecimento d…
© WFP/Josh Estey
O Fundo da ONU considera a alta nos preços dos fertilizantes um obstáculo para a produção de alimentos em muitos países africanos e prevê que limitadas importações de grãos devido a guerra na Ucrânia e fatores ambientais acabem afetando o abastecimento de alimentos no continente.

Fertilizantes e abastecimento

O Fundo da ONU considera a alta nos preços dos fertilizantes um obstáculo para a produção de alimentos em muitos países africanos e prevê que limitadas importações de grãos devido a guerra na Ucrânia e fatores ambientais acabem afetando o abastecimento de alimentos no continente.

Segundo o Fundo Monetário Internacional, FMI, desde 2020, houve um aumento de 8,5% no custo de uma cesta básica de consumo alimentar em África. As altas taxas de juros e a desvalorização da moeda agravam a dívida em muitos países de baixa renda.

Cerca de 60% dos países estão em alto risco ou em sobreendividamento que expõe países a calote da dívida em meio a uma crise alimentar histórica.

Os últimos choques econômicos e sociais induzidos pelo clima reverteram anos de ganhos em desenvolvimento e aumentaram a fome e a pobreza extrema em África, o continente com maiores taxas de fome no mundo.
OIT/Marcel Crozet
Os últimos choques econômicos e sociais induzidos pelo clima reverteram anos de ganhos em desenvolvimento e aumentaram a fome e a pobreza extrema em África, o continente com maiores taxas de fome no mundo.

Taxas de fome

O M1-200 busca atrair investimentos para impulsionar pequenas e médias empresas do setor agrícola. A iniciativa garantirá que pequenos produtores de alimentos em toda a cadeia de valor agrícola sejam incluídos e que empregos adicionais sejam criados para aqueles que precisam.

Os últimos choques econômicos e sociais induzidos pelo clima reverteram anos de ganhos em desenvolvimento e aumentaram a fome e a pobreza extrema em África, o continente com maiores taxas de fome no mundo.

Uma pessoa, em cada cinco, sofre de fome em África e 278 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar, conforme o último relatório da ONU sobre a situação deste flagelo.

Projeções indicam que o agronegócio em África produza US$ 1 trilhão até 2030 e apresente uma boa oportunidade de negócios para os investidores.

O presidente do Fundo da ONU realça que só investindo nos pequenos agricultores se pode resolver a espiral descendente de crise pós crise. Os investimentos estratégicos podem aumentar a produtividade agrícola, construir soberania alimentar e abrir caminh…
© Unicef/Safidy Andrianantenain
O presidente do Fundo da ONU realça que só investindo nos pequenos agricultores se pode resolver a espiral descendente de crise pós crise. Os investimentos estratégicos podem aumentar a produtividade agrícola, construir soberania alimentar e abrir caminho para uma distribuição e acesso mais equitativo aos alimentos.

Pequenos agricultores

O presidente do Fundo da ONU realça que só investindo nos pequenos agricultores se pode resolver a espiral descendente de crise pós crise. Os investimentos estratégicos podem aumentar a produtividade agrícola, construir soberania alimentar e abrir caminho para uma distribuição e acesso mais equitativo aos alimentos.

Ele enfatizou ainda o compromisso de investir na transformação da agricultura africana e no desenvolvimento rural por meio de parcerias público privadas, lembrando que o Fundo pode reunir volumes muito maiores de financiamento.

A parceria é base do Feed Africa, principal estratégia do Banco Africano e complementa os principais programas do Fundo da ONU, incluindo sua carteira de investimentos nas áreas de transformação rural inclusiva, desenvolvimento agrícola, nutrição, segurança alimentar e adaptação climática.