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Guiné-Bissau e agência da alimentos da ONU reforçam novo plano estratégico BR

Programa Mundial de Alimentação introduz participação de pessoas com deficiência em ações de segurança alimentar; PMA alinha quadro de cooperação aos ODS e plano nacional de desenvolvimento atendendo realidade pós-Covid-19 e outras crises.
Pnud Guinea Bissau
Programa Mundial de Alimentação introduz participação de pessoas com deficiência em ações de segurança alimentar; PMA alinha quadro de cooperação aos ODS e plano nacional de desenvolvimento atendendo realidade pós-Covid-19 e outras crises.

Guiné-Bissau e agência da alimentos da ONU reforçam novo plano estratégico

Direitos humanos

Programa Mundial de Alimentação introduz participação de pessoas com deficiência em ações de segurança alimentar; PMA alinha quadro de cooperação aos ODS e plano nacional de desenvolvimento atendendo realidade pós-Covid-19 e outras crises.

A Guiné-Bissau inaugura este mês a segunda fase de sua cooperação com o Programa Alimentar Mundial da ONU. A nova etapa considera gênero, proteção social e mudanças climáticas em suas ações. O marco é tido como histórico na atuação da agência e cooperação com governo e outras estruturas.

Ponto de viragem

As consultas que antecederam a elaboração do programa envolveram o governo, os parceiros de cooperação e demais agências das Nações Unidas. O documento foi aprovado em finais de novembro para entrar em vigor este mês.

A primeira fase do programa deu assistência à cantina escolar, necessidades de emergência, ligadas às alterações climáticas e crianças de zero aos 23 meses nas áreas de nutrição e alimentação escolar.

O representante do PAM em Bissau, João Manja, lembrou que o Programa tem a componente habitual de salvar vidas com foco nas crises decorrentes das mudanças climáticas ou fatores humanos.

¨O Programa tem também uma componente para a resiliência e nutrição, bifurcada em aquela nutrição em que atendemos os casos de desnutrição crônica das crianças, incluindo as mães e todo o trabalho de prevenção. Temos também o lado da cantina escolar que tem o objetivo de nutrição e proteção social¨.

Guiné-Bissau e agência da alimentos da ONU reforçam novo plano estratégico

Mitigação

O PAM quer atingir objetivos de fome zero e melhorar a segurança alimentar de pessoas carentes ou vulneráveis, priorizando aspetos transversais da sua atuação, o gênero, a inclusão e as mudanças climáticas. A ideia é tornar os impactos menos onerosos e punitivos para as populações alvo.  

A agência encoraja pais a levarem crianças com deficiência à escola, onde não só beneficiam de refeição na cantina escolar, mas levam também uma ração que partilham com as famílias em casa, ajudando a retê-las na escola.

¨O mesmo está acontecendo em relação às meninas de quinta e sexta classes que é uma idade sensível em que as famílias quando estão em crise têm tendência a elencá-las para ajudarem as mães, para casamentos prematuros, mas com programas e benefícios que damos, as famílias têm podido deixá-las na escola¨.

 

Comité de Gestão

A Cantina Escolar, uma das bandeiras do PAM na Guiné-Bissau quer atender 190 mil alunos em cerca de 900 escolas este ano. Em 2022 cobriu 150 mil alunos em mais de 700 escolas.

O Chefe da agencia disse que o aumento da quantidade de alimentos procurados e comprados localmente envolve as comunidades na ação, permite às crianças comerem de alimentos da dieta habitual com devida diversificação.

Participando na provisão da nutrição para as crianças, as populações têm rendimento porque vendem seus produtos ao preço do mercado e têm uma ligação mais próxima com as escolas, professores e autoridades. 

O Programa de nutrição escolar cobre todo o país e intervém em algumas localidades de Bafatá, Gabu e Oio onde os índices de insegurança alimentar cíclica e desnutrição crônica são endêmicos e registo dos eventos chega a ser considerado de inaceitável.