Perspectiva Global Reportagens Humanas

ONU presta condolências à Ucrânia após queda de helicóptero que matou ministro do interior

Chefe das Nações Unidas na Ucrânia, Denise Brown, afirmou estar “profundamente triste” com a morte trágica de pelo menos 14 pessoas após a queda de um helicóptero, em Kyiv, capital da Ucrânia.
UN Photo/Manuel Elias
Chefe das Nações Unidas na Ucrânia, Denise Brown, afirmou estar “profundamente triste” com a morte trágica de pelo menos 14 pessoas após a queda de um helicóptero, em Kyiv, capital da Ucrânia.

ONU presta condolências à Ucrânia após queda de helicóptero que matou ministro do interior

Paz e segurança

Um vice-ministro e secretário de Estado também estavam na aeronave e não sobreviveram; agências de notícias dizem que pelo menos 14 podem ter morrido; na terça-feira, Conselho de Segurança discutiu tema da liberdade religiosa na Ucrânia após pedido de reunião pela Rússia.

A chefe das Nações Unidas na Ucrânia, Denise Brown, afirmou estar “profundamente triste” com a morte trágica de pelo menos 14 pessoas após a queda de um helicóptero, em Kyiv, capital da Ucrânia.

A aeronave transportava o ministro do Interior, Denys Monastyrskyi, um dos vice-ministros Yevhen Yenin e o secretário de Estado Yurii Lubkovych, entre outros integrantes do governo.

Ilze Brands Kehris (na tela), secretária-geral assistente para Direitos Humanos do Escritório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, discursa na reunião do Conselho de Segurança sobre as ameaças à paz e segurança internacionais
UN Photo/Loey Felipe
Ilze Brands Kehris (na tela), secretária-geral assistente para Direitos Humanos do Escritório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, discursa na reunião do Conselho de Segurança sobre as ameaças à paz e segurança internacionais

Conselho de Segurança

Em nota, Denise Brown enviou condolências às famílias das vítimas, ao governo e ao povo ucranianos. Segundo agências de notícias, a queda também causou mortes após a queda.

Os veículos afirmam que a equipe do governo estava a caminho de uma reunião na cidade de Kharkiv.

A guerra na Ucrânia, que deve completar um ano no próximo mês, foi o tema também de uma reunião no Conselho de Segurança, nesta terça-feira.

A secretária-geral assistente para Direitos Humanos, Ilze Brands Kehris, falou aos membros do órgão e expressou preocupação com as restrições à liberdade de religião na Ucrânia, incluindo território sob controle russo.

Liberdade religiosa

Na reunião, solicitada pelo embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia. Numa outra sessão, em 13 de janeiro, ele alegou que a Ucrânia “estaria tentando destruir a Igreja Ortodoxa Ucraniana”, que é canonicamente ligada ao Patriarcado de Moscou.

Ilze Brands Kehris afirmou que as tensões entre as comunidades ortodoxas na Ucrânia existem há décadas, mas se agravaram após o começo do conflito, em fevereiro passado.

A secretária-geral assistente para Direitos Humanos descreveu as buscas do Serviço de Segurança Ucraniano nas instalações e locais de culto da Igreja Ortodoxa Ucraniana como “desenvolvimentos preocupantes”.

Segundo ela, pelo menos três clérigos enfrentam acusações criminais, inclusive por traição e negação da agressão armada da Rússia contra a Ucrânia.

Uma missa de domingo na igreja de Kyiv-Pechera Lavra, em Kyiv, Ucrânia.
© Unicef/Giacomo Pirozzi
Uma missa de domingo na igreja de Kyiv-Pechera Lavra, em Kyiv, Ucrânia.

Direitos Humanos

Brands Kehris pediu que as autoridades ucranianas garantam que buscas em instalações e locais de culto estejam em total conformidade com a lei internacional.

Ela adicionou que os direitos de julgamento justo devem ser dados àqueles que enfrentam acusações criminais e que as penas sejam compatíveis com os direitos de liberdade de opinião, expressão e religião.

A secretária-geral assistente para Direitos Humanos afirmou que seu escritório está preocupado com dois projetos de lei recentemente apresentados ao Parlamento ucraniano que poderiam minar o direito à liberdade de religião ou crença, conforme previsto no Artigo 18 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos.

Questão humanitária

Ela também apresentou atualizações sobre as vítimas civis da violência na Ucrânia e contou que o Escritório de Direitos Humanos da ONU registrou mais de 7 mil civis mortos e mais de 11 mil feridos, mas destacou que os números reais possam ser muito mais altos.

Brands Kehris fez referência ao ataque de mísseis russos a um prédio residencial em Dnipro, que matou pelo menos 45 civis, incluindo seis crianças, e feriu pelo menos 79.

Ela também destacou à infraestrutura crítica que mataram pelo menos 103 civis e feriram pelo menos 371, e causou grande escassez de eletricidade e água em todo o país.

Segundo Ilze Brands Kehris, nas regiões ocupadas pela Rússia de Donetsk e Luhansk, os civis sofreram com o bombardeio ucraniano de áreas densamente povoadas. O Escritório de Direitos Humanos registrou 498 civis mortos, incluindo 25 crianças e 1675 feridos, incluindo 117 crianças.