Conselho de Segurança debate guerra na Ucrânia que fará um ano em fevereiro
Paz e segurança
“Cicatrizes invisíveis” do conflito incluem efeitos dos estragos, aumento de problemas mentais e fechamento de escolas; chefe dos Assuntos Políticos da ONU informou que mais de 6.950 pessoas morreram e 11 mil ficaram feridas.
As Nações Unidas advertiram que não há um fim à vista para os combates ou o sofrimento dos ucranianos que vivenciam uma guerra há quase um ano.
Nesta sexta-feira, a subsecretária-geral para os Assuntos Políticos e Manutenção da Paz, Rosemary DiCarlo, também pediu foco para o que chamou de “cicatrizes invisíveis” do conflito.
Efeitos da destruição e do fechamento de escolas
Segundo ela, um quarto da população corre o risco de desenvolver uma condição de saúde mental, citando estimativas da Organização Mundial da Saúde, OMS.
O principal hospital de Izyum, na região de Kharkiv, foi quase completamente destruído, privando dezenas de milhares de pessoas de acesso a serviços essenciais
O Escritório da Direitos Humanos confirmou que desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, houve 6.952 mortes e 11.144 feridos e o total “pode ser consideravelmente maior”.
DiCarlo chamou a atenção internacional para os efeitos da destruição e do fechamento de escolas que também terão um impacto duradouro em crianças e jovens.
Estima-se que 5,7 milhões de alunos em idade escolar já tenham sido diretamente afetados pela situação.
Unidades de saúde sofreram 745 incidentes
Nos últimos meses, as organizações de ajuda alargaram operações de salvamento para áreas que eram antes inacessíveis, incluindo Kharkiv e Kherson.
Rosemary DiCarlo dizze que um quarto da população corre o risco de desenvolver uma condição de saúde mental
Em unidades de saúde, foram registrados 745 incidentes até 4 de janeiro. O total foi o mais alto notificado no mundo desde o ano passado.
De acordo com a ONU, quase 14 milhões de pessoas receberam assistência desde o início do conflito.
Entre os beneficiários estão 1 milhão de habitantes em áreas fora do controle do governo da Ucrânia.
O briefing foi realizado a pedido da Albânia e dos Estados Unidos, que lideram o dossiê político sobre a situação ucraniana no Conselho.
A Ucrânia foi representada pela vice-ministra das Relações Exteriores, Emine Dzhaparova.