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Estima-se que 26 milhões de pessoas enfrentem insegurança alimentar na RD Congo

PMA quer fazer chegar alimentos a 8 milhões na RD Congo este ano

ONU / Eskinder Debebe
Estima-se que 26 milhões de pessoas enfrentem insegurança alimentar na RD Congo

PMA quer fazer chegar alimentos a 8 milhões na RD Congo este ano

Ajuda humanitária

Violência no leste congolês é um dos principias motivos limitando acesso apropriado à comida; multiplicação de grupos armados piora insegurança; cerca de 75% dos deslocados internos vivem com famílias anfitriãs já marcadas por dificuldades.

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, pretende alcançar mais de 8 milhões de pessoas, ainda este ano, na República Democrática do Congo, RD Congo.

A agência apoia o acesso a alimentos, a melhoria da nutrição e a busca de resiliência a longo prazo. A meta é ajudar os beneficiários a passarem da dependência de auxílio humanitário para que se sustentem de forma independente.

Insegurança alimentar afeta 26 milhões de pessoas 

Estima-se que 1 milhão de congoleses receberam dinheiro para a compra de alimentos em 2022.

A assistência oferecida em parceria com a União Europeia abre as opções de acesso à comida e para atender necessidades das pessoas em áreas como saúde e educação.

Três em cada quatro deslocados internos vivem com famílias anfitriãs
© Unicef/Jospin Benekire

As provinciais orientais de Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri são as  que registam mais episódios de ataques e agitação. Nos últimos anos, as regiões de Tanganica, no sudeste, e Kasai Central também foram atingidas pelos confrontos.

A violência no leste congolês é uma da principias razões limitando o acesso adequado aos alimentos no país.

Estima-se que 26 milhões de pessoas enfrentem insegurança alimentar, um número considerado o mais alto do mundo quando calculado com os 5,7 milhões de deslocados.

Famílias anfitriãs

Este ano, pelo menos 1,5 milhão de pessoas deixaram suas casas devido aos confrontos entre forças do governo congolês e grupos armados.

A situação observada nos últimos 25 anos piora com a separação de grupos armados que atuam atacando civis e impedindo seu acesso aos acampamentos.

Três em cada quatro deslocados internos vivem com famílias anfitriãs. Muitas delas enfrentavam dificuldades para sobreviver já antes de acolher os necessitados.