Perspectiva Global Reportagens Humanas

Mundo terá mais de 1,5 bilhão de idosos até 2050, a maioria em países em desenvolvimento

Mulher idosa na vila de Makaising, no distrito de Gorkha, Nepal
© Unicef/Giacomo Pirozzi
Mulher idosa na vila de Makaising, no distrito de Gorkha, Nepal

Mundo terá mais de 1,5 bilhão de idosos até 2050, a maioria em países em desenvolvimento

ODS

Pesquisa em 57 países conclui que uma em cada duas pessoas tem tendências moderadas ou altas ao etarismo com preconceitos e estereótipos; tema de 2022 destacando resiliência e contribuição das mulheres idosas.

Neste 1º de outubro, as Nações Unidas celebram o Dia Internacional das Pessoas Idosas. Em mensagem para data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou os desafios dos últimos anos para a população acima de 60 anos.

A pandemia de Covid-19, o agravamento da crise climática, o aumento de conflitos e pobreza exigiu dos idosos mais resiliência. Por isso, o tema deste ano é “resiliência de pessoas idosas em um mundo em mudança”.

Mulheres

As celebrações em Nova Iorque ainda reforçam a contribuição das mulheres mais velhas. A ONU ressalta que enquanto as idosas contribuem significativamente, suas experiências permanecem “amplamente invisíveis e desconsideradas”, além de serem limitadas por desvantagens de gênero acumuladas ao longo da vida.

Segundo as Nações Unidas, a intersecção entre a discriminação com base na idade e no gênero agrava as desigualdades novas e existentes, incluindo estereótipos negativos que combinam o preconceito de idade e o sexismo.

Dados da ONU apontam que até 2050, o mundo terá 1,5 bilhão de idosos e 80% deles viverão em países de baixa e média renda. Uma pesquisa feita em 57 países revela que metade das pessoas tem tendências moderadas ou altas ao etarismo com preconceitos e estereótipos.

Potencial dos idosos

O chefe da ONU afirma que a tarefa da sociedade é enfrentar os desafios da longevidade e promover o seu potencial.

Ao afirmar que os idosos são uma fonte de conhecimento e de experiência, Guterres defende “aprendizagem ao longo da vida, proteção social forte, cuidados de saúde a longo prazo acessíveis e de qualidade, redução da lacuna digital, apoio intergeracional, dignidade e respeito”.