ONU saúda eleição de Hassan Sheikh Mohamud para presidente da Somália
Colégio eleitoral de parlamentares escolheu o novo líder com 214 dos 327 votos; enviado da ONU reitera apoio a prioridades como conclusão da revisão constitucional, desenvolvimento, segurança e cenário de seca assolando o país do extremo leste africano.
As Nações Unidas saudaram a Somália pela conclusão das eleições presidenciais no domingo.
Um colégio eleitoral composto por 327 parlamentares escolheu Hassan Sheikh Mohamud para ocupar o cargo com 214 votos, na capital Mogadíscio.
Transição
O processo chegou ao terceiro turno, após cerca de 12 horas de votação e contagem. No total cerca de 40 candidatos concorreram ao pleito.
O Escritório das Nações Unidas no país apoiou o processo atuando em parceria com as forças de segurança somalis e a Missão de Transição da União Africana.
O escritório felicitou os somalis pelo desfecho das “eleições presidenciais ordenadas, pacíficas e seguras”.
Em declarações a jornalistas, o representante especial do secretário-geral da ONU para a Somália, James Swan, parabenizou o novo líder e manifestou apreço aos outros candidatos.
Parceiros
De forma particular, ele destacou a participação do presidente cessante Mohammed Abdullahi Mohamed 'Farmaajo' pelo respeito ao resultado e por “continuar a tradição somali de abraçar a quem quer que vença e apoiá-los” no caminho adiante. O ex-presidente, no poder há cinco anos, ficou em segundo lugar na eleição.
A votação ocorreu no chamado "hangar" próximo ao Aeroporto Internacional de Aden Adde, com a presença de representantes de parceiros internacionais da Somália.
O enviado da ONU no país ressaltou que o processo eleitoral foi longo, além de ativamente competitivo.
Swan declarou que as prioridades nacionais e de construção do Estado devem agora se tornar o foco dos somalis.
Necessidades e prioridades
Ele disse ter havido alguns momentos difíceis na longa eleição, mas que acreditava que o processo demonstrou ter havido uma verdadeira corrida competitiva onde houve oportunidade para todos os candidatos de forma justa.
O representante destaca que os somalis devem usar o atual momento para demonstrar que o resultado é confiável.
O período seguinte é de união de somalis e seus amigos para apoiar o governo recém-escolhido, sublinhou. Outra prioridade é atuar em prioridades nacionais essenciais que requerem muito trabalho.
O funcionário da ONU destacou ainda que é preciso atuar na finalização do processo de revisão constitucional, atendendo às necessidades urgentes de melhoria do desenvolvimento, da segurança e da atual situação de seca.