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ONU saúda eleição de Hassan Sheikh Mohamud para presidente da Somália BR

Eleições na Somália em 2016
Pnud Somalia
Eleições na Somália em 2016

ONU saúda eleição de Hassan Sheikh Mohamud para presidente da Somália

Paz e segurança

Colégio eleitoral de parlamentares escolheu o novo líder com 214 dos 327 votos; enviado da ONU reitera apoio a prioridades como  conclusão da revisão constitucional, desenvolvimento, segurança e  cenário de seca assolando o país do extremo leste africano.

As Nações Unidas saudaram a Somália pela conclusão das eleições presidenciais no domingo.

Um colégio eleitoral composto por 327 parlamentares escolheu Hassan Sheikh Mohamud para ocupar o cargo com 214 votos, na capital Mogadíscio.

Transição 

O processo chegou ao terceiro turno, após cerca de 12 horas de votação e contagem.  No total cerca de 40 candidatos concorreram ao pleito.

O Escritório das Nações Unidas no país apoiou  o processo atuando em parceria com as forças de segurança somalis e a Missão de Transição da União Africana.

Representante especial do secretário-geral para a Somália, James Swan
ONU/Manuel Elias
Representante especial do secretário-geral para a Somália, James Swan

 

O escritório felicitou os somalis pelo desfecho das “eleições presidenciais ordenadas, pacíficas e seguras”.

Em declarações a jornalistas, o representante especial do secretário-geral da ONU para a Somália, James Swan, parabenizou o novo líder e manifestou apreço aos outros candidatos.

Parceiros

De forma particular, ele destacou a participação do presidente cessante Mohammed Abdullahi Mohamed 'Farmaajo' pelo respeito ao resultado e por “continuar a tradição somali de abraçar a quem quer que vença e apoiá-los” no caminho adiante. O ex-presidente, no poder há cinco anos, ficou em segundo lugar na eleição.

A votação ocorreu no chamado "hangar" próximo ao Aeroporto Internacional de Aden Adde, com a presença de representantes de parceiros internacionais da Somália.

Mulheres e crianças em Kurtunwaarey, Somália
ONU / Tobin Jones
Mulheres e crianças em Kurtunwaarey, Somália

 

O enviado da ONU no país ressaltou que o processo eleitoral foi longo, além de ativamente competitivo. 

Swan declarou que as prioridades nacionais e de construção do Estado devem agora se tornar o foco dos somalis.

Necessidades e prioridades 

Ele disse ter havido alguns momentos difíceis na longa eleição, mas que acreditava que o processo demonstrou ter havido uma verdadeira corrida competitiva onde houve oportunidade para todos os candidatos de forma justa.

O representante destaca que os somalis devem usar o atual momento para demonstrar que o resultado é confiável.
O período seguinte é de união de somalis e seus amigos para apoiar o governo recém-escolhido, sublinhou. Outra prioridade é atuar em prioridades nacionais essenciais que requerem muito trabalho.

O funcionário da ONU destacou ainda que é preciso atuar na finalização do processo de revisão constitucional, atendendo às necessidades urgentes de melhoria do desenvolvimento, da segurança e da atual situação de seca.

Somália enfrenta a terceira seca consecutiva em 30 anos, atingindo 3,2 milhões de pessoas
FAO/IFAD/WFP/Michael Tewelde
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