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Unesco pede investigação do assassinato de duas jornalistas no México BR

Jornalistas trabalham na cobertura de um evento.
Unsplash/Jovaughn Stephens
Jornalistas trabalham na cobertura de um evento.

Unesco pede investigação do assassinato de duas jornalistas no México

Cultura e educação

Sheila García e Yessenia Falconi foram mortas a tiros no estado de Veracruz, em 9 de maio; pelo menos 11 profissionais da imprensa foram assassinados no país latino-americano desde o início do ano. 

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, pediu uma investigação imediata do assassinato de duas jornalistas no México, ocorrido em 9 de maio. 

Segundo agências de notícias, Yessenia Mollinedo Falconi e a camerawoman, Sheila Johana Garcia Olivera, foram atacadas a tiros dentro de um carro por homens armados, no estado de Veracruz, no leste do México. 

Diálogo e testemunhas 

Diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay
Foto: ONU/Manuel Elias
Diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay

Ambas trabalhavam para o portal de notícias El Veraz, que era dirigido por Yessenia. 

Em nota, a diretora-geral da Unesco condenou o assassinato das duas jornalistas e disse que os profissionais da imprensa são testemunhas que fazem um trabalho indispensável ao diálogo público e a sociedades pacíficas. 

Audrey Azoulay disse que as autoridades mexicanas devem investigar esses assassinatos e tomar todas as medidas necessárias para assegurar que os jornalistas poderão trabalhar sem medo. 

Assembleia Geral contra impunidade 

Mural em Oaxaca, México.
Foto: Primavera Díaz
Mural em Oaxaca, México.

Somente este ano, já foram assassinados 11 jornalistas no México incluindo três mulheres.  

Segundo a Unesco, cerca de nove em cada 10 casos de assassinatos de jornalistas no mundo não são elucidados. 

A Assembleia Geral aprovou uma resolução sobre os crimes contra jornalistas e a questão da impunidade pedindo mais ação por parte de autoridades e governos para punir os responsáveis por esses crimes.