Moçambique junta-se à agência da ONU para promover segurança nos mares
Iniciativa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, concentra-se no Canal de Moçambique, uma das principais passagens para bens ilícitos na África; terrorismo marítimo é desafio não só para nação de língua portuguesa, mas para todo sul da África e nações vizinhas como a Tanzânia.
Uma parceria da ONU com Moçambique pode ajudar a reduzir os casos de terrorismo marítimo, que afeta o país africano, vizinhos e outras nações da região.
Na iniciativa, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, apoia Moçambique a construir mecanismos de segurança nos mares e assiste instituições do país de língua portuguesa em cooperação com parceiros regionais e internacionais.
Programa global
O Canal de Moçambique é considerado uma das principais vias de passagem de bens ilícitos na África.
A insegurança ameaça não só países vizinhos como a Tanzânia, mas todo o sul do continente.
No início do ano, o Unodc enviou um funcionário a Maputo, capital de Moçambique, para ajudar a reforçar a operação com o Programa Global sobre Crimes Marítimos.
Daniel Vasconcelos afirma que a abordagem multidimensional é necessária para construir as bases da iniciativa e combater a situação que deixa comunidades costeiras e de ilhas altamente vulneráveis.
Cada vez mais, instalações de petróleo e gás natural se tornam alvos de criminosos e pirataria marítima.
Grupos armados
Navios estacionados na costa e indústrias são visados por grupos armados.
Uma das ações contra esses riscos é garantir a presença de patrulhas marítimas protegendo assim os civis e o setor privado, que investe em Moçambique.
Vasconcelos lembra que para combater a pirataria e os criminosos é preciso pessoal treinado e equipamento adequado.
Pela parceria, o Governo de Moçambique concordou em executar o Plano de Maputo do Unodc.
Quatro áreas
O programa guia a assistência em quatro áreas interligadas como o combate ao crime organizado transnacional, prevenção de drogas, prevenção de terrorismo e o extremismo violento. Outros pontos são melhorias no sistema judiciário e a integridade no campo de prevenção do crime e justiça penal para promover o Estado de direito.
Para a agência da ONU, os desafios de Moçambique, no momento, exigem um misto de recursos civis e militares assim como respostas locais e regionais.
Nos últimos seis meses, a agência da ONU ofereceu mais de 130 treinamentos a oficiais da Marinha Moçambicana, do Serviço Nacional de Investigação Criminal, da Autoridade Marítima e da Agência Antinarcóticos para melhorar a vigilância portuária e marítima do país africano.