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Unesco quer Proteção e Promoção dos Direitos Humanos das Pessoas com Albinismo BR

Dados do relatório independente sobre exercício dos direitos humanos pelas pessoas com albinismo em Moçambique aponta a existência de cerca de 30 mil pessoas com albinismo
© Unicef
Dados do relatório independente sobre exercício dos direitos humanos pelas pessoas com albinismo em Moçambique aponta a existência de cerca de 30 mil pessoas com albinismo

Unesco quer Proteção e Promoção dos Direitos Humanos das Pessoas com Albinismo

Direitos humanos

A agência vai implementar o Projeto com custos avaliados 43,9 milhões de Meticais, a moeda de Moçambique; campanhas de educação e sensibilização, a melhoria de acesso aos cuidados de saúde e o reforço da capacidade institucional são algumas das prioridades.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, assinou na sexta-feira, um acordo de cooperação para a implementação do Projeto para a proteção e promoção dos Direitos Humanos das Pessoas com Albinismo em Moçambique.

A iniciativa da Unesco tem colaboração de algumas agências das Nações Unidas e parceiros de cooperação governamentais e não-governamentais.

Na assinatura do memorando, o representante da Unesco em Moçambique, Paulo Gomis, elogiou apoio da Noruega
Ouri Pota
Na assinatura do memorando, o representante da Unesco em Moçambique, Paulo Gomis, elogiou apoio da Noruega

Acesso

A agência pretende contribuir para a redução significativa de casos de ataques, violações, violência, sequestro e assassinatos de pessoas com albinismo no país.

O projeto tem quatro componentes principais: o estudo e mapeamento sobre a situação das pessoas com albinismo em Moçambique, campanhas de educação e sensibilização, a melhoria de acesso aos cuidados de saúde e o reforço da capacidade institucional.

Na assinatura do memorando, o representante da Unesco em Moçambique, Paulo Gomis, elogiou apoio da Noruega. Ele disse ser necessário replicar o projeto.

O Projeto conta a duração de três anos, será implementado pela Unesco e parceiros e já tem cerca 43,9 milhões de Meticais disponibilizados pela Noruega.

Devido à falta de melanina as pessoas com albinismo são altamente vulneráveis a adoecer de câncer de pele
Irin/Helen Blakesley
Devido à falta de melanina as pessoas com albinismo são altamente vulneráveis a adoecer de câncer de pele

Noruega

Para a embaixadora da Noruega em Moçambique, Aud Marit Wiig, a proteção das pessoas com albinismo é uma questão central dos Direitos Humanos.

A embaixadora lembrou que durante recente Sessão do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o Mecanismo de Revisão Periódica Universal dos Direitos Humanos, Noruega recomendou a Moçambique para implementar um plano nacional de ação contra a descriminação das pessoas com albinismo, com indicadores, calendário e prazos concretos no concernente a garantia de acesso aos cuidados de saúde, educação, emprego e integração social.

Dados do relatório independente sobre exercício dos direitos humanos pelas pessoas com albinismo em Moçambique aponta a existência de cerca de 30 mil pessoas com albinismo.

O albinismo é uma condição genética, rara e não contagiosa por deficiência dos pigmentos nos cabelos, na pele e nos olhos.

Pessoas com albinismo são vulneráveis a sofrer cancro da pele ou ser vítimas de estigma social.
 
De Maputo para ONU NEWS, Ouri Pota.