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OMS alerta para Covid-19 que está matando, cada vez mais, jovens saudáveis  BR

Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus fala sobre a falsa ideia de que um jovem com Covid pode ser facilmente curado.
Pnud.
Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus fala sobre a falsa ideia de que um jovem com Covid pode ser facilmente curado.

OMS alerta para Covid-19 que está matando, cada vez mais, jovens saudáveis 

Saúde

Diretor-geral da agência diz que aumento de casos globais ocorre pela sétima semana consecutiva; taxa de mortes sobe há um mês; até agora foram aplicadas 780 milhõesde doses de vacina. 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou para o aumento do número de contaminação e mortes por Covid-19 entre jovens.  

 

No briefing desta segunda-feira a jornalistas, por internet, o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, diz que é falsa a impressão de que se um jovem pegar a doença será facilmente curado. 

 

Jovens voluntários na Jordânia apoiando suas comunidades durante a crise da Covid-19
Unicef/Naua
Jovens voluntários na Jordânia apoiando suas comunidades durante a crise da Covid-19

Ansiedade 

 

Segundo ele, pacientes jovens e saudáveis estão morrendo com Covid-19. E ainda não se sabe, ao certo, quais são as sequelas da doença para os que sobrevivem. 

Em todo o mundo, foram aplicadas até o momento, 780 milhões de doses de vacinas contra a Covid. Mesmo assim, o número de novas contaminações tem subido pela sétima semana consecutiva. E há um mês, a taxa de óbitos não pára de aumentar. 

Muitas pessoas que pegaram Covid relatam efeitos a longo prazo como: fadiga, fraqueza, tontura, desorientação, tremores, insônia, depressão, ansiedade, dor nas articulações, aperto no peito e outros. 

 

Em alguns países, onde o vírus foi controlado, a população já está retornando as atividades sociais.
UN Mulheres
Em alguns países, onde o vírus foi controlado, a população já está retornando as atividades sociais.

Eventos desportivos 

 

Tedros voltou a dizer que o vírus pode ser interrompido e contido com medidas comprovadas de saúde pública e respostas rápidas e consistentes. Ele citou o exemplo de alguns países, onde a população já está retornando a eventos desportivos, shows, restaurantes e a visitas de familiares. 
 

Já em outros países, os hospitais operam acima da capacidade e, apesar da contaminação, os restaurantes, casas noturnas e mercados continuam abertos e lotados e as pessoas sem precaução.  

 

Para o chefe da OMS, mesmo com a vacina é preciso manter o distanciamento físico, máscaras, higienização das mãos, ventilação, vigilância, teste, rastreamento de contato, isolamento, quarentena e cuidado são fatores  de prevenção e ajudam a salvar vidas. 

 

Tedros contou que a pandemia provou que que a capacidade de fabricação global não é suficiente. A OMS está discutindo com os países o aumento da produção e de insumos que cheguem a quem precisa de forma rápida e equitativa.  

 

Américas 

Fila de supermercado em Bogotá, na Colômbia, um dos países beneficiados pela iniciativa Covax.
Banco Mundial/Jairo Bedoya
Fila de supermercado em Bogotá, na Colômbia, um dos países beneficiados pela iniciativa Covax.

 

Investir em capacidade de produção doméstica sustentável e segura e em autoridades regulatórias nacionais é fundamental para fornecer imunização e sistemas de saúde fortes e resilientes contra futuras emergências. 

 

As vacinas distribuídas pela parceria Covax, da OMS, já levaram 3 milhões de doses desde 1º de março, mas a chefe da Organização Pan-Americana da Saúde, Carissa Etienne, diz que a região ainda está longe de cobrir todos os grupos vulneráveis. 

 

Ao todo, foram alcançados 49 países e territórios nas Américas com mais de 210 milhões de doses de todas os laboratórios com base nos acordos de governos com farmacêuticas. 

 

A meta da Covax é vacinar cerca de 100 milhões de pessoas na região até o final de 2021.
BioNTech
A meta da Covax é vacinar cerca de 100 milhões de pessoas na região até o final de 2021.

Covax  

 

A meta da Covax é vacinar cerca de 100 milhões de pessoas na região até o final de 2021, com todos os países recebendo vacinas suficientes para imunizar 20% de suas populações. 

 

Etienne diz que as Américas, a região com o maior índice de casos e óbitos, tem de ser uma prioridade. Ela está preocupada com a escassez de doses para os países latino-americanos e caribenhos. Em todo o mundo já foram aplicadas 36 milhões de doses de imunizantes como parte da parceria Covax.