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Pfizer entra para a iniciativa da OMS para distribuir vacinas contra a Covid-19   BR

A Índia foi um dos países que já começou sua campanha de imunização
Unicef/Ruhani Kaur
A Índia foi um dos países que já começou sua campanha de imunização

Pfizer entra para a iniciativa da OMS para distribuir vacinas contra a Covid-19  

Saúde

Agência da ONU anunciou contratos para comprar até 40 milhões de doses da vacina; OMS também deve adquirir 100 milhões de doses da imunização desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford, que ainda está em fase de aprovação; objetivo é imunizar 2 bilhões de pessoas até final do ano.  

A Covax, a iniciativa global para garantir acesso rápido e equitativo às vacinas para a Covid-19, anunciou um acordo com a Pfizer para comprar até 40 milhões de doses da vacina. 

A iniciativa também confirmou a compra das primeiras 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford, que está aguardando aprovação pela Organização Mundial da Saúde, OMS.  

Cientistas fazem testes em amostras no Instituto Jenner, da Universidade de Oxford, durante desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus.
Cientistas testam amostras no Instituto Jenner, da Universidade de Oxford, University of Oxford/John Cairns

Acesso 

De acordo com a atualização da agência, a decisão deve ser conhecida em meados de fevereiro. Destas primeiras 100 milhões de doses, a maioria deve ser entregue no primeiro trimestre do ano. 

A Aliança de Vacinas Gavi é responsável pela aquisição e entrega das vacinas para a Covax. Em comunicado, o diretor executivo da Gavi, Seth Berkley, disse que “este é um grande passo em frente para o acesso equitativo às vacinas e uma parte essencial do esforço global para vencer esta pandemia.” 

Já o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que “a distribuição urgente e equitativa de vacinas não é apenas um imperativo moral, é também um imperativo de segurança sanitária, estratégico e econômico.” 

Segundo ele, “este acordo com a Pfizer ajudará a capacitar a Covax para salvar vidas, estabilizar os sistemas de saúde e impulsionar a recuperação econômica global.” 

Confiança 

Por sua vez, a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, Henrietta Fore, disse que “esses acordos de compra abrem a porta para que essas vacinas se tornem disponíveis para as pessoas nos países mais vulneráveis.” 

Iniciativa também quer promover o acesso às vacinas
Universidade de Oxford/John Cairns
Iniciativa também quer promover o acesso às vacinas

Ao mesmo tempo, a chefe da agência contou que é preciso “garantir que os países estejam prontos para receber as vacinas, implantá-las e construir confiança.” 

Até o final deste mês, a Covax pretende fornecer uma alocação indicativa de doses a todos os Estados participantes. Com esses números, os países poderão iniciar os preparativos de suas campanhas.  

Com estes novos contratos, a iniciativa tem acordos para comprar pouco mais de dois bilhões de doses vacinas, algumas ainda não aprovadas.   

Países de alta renda aplicaram quase 44% das doses mundiais
A vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech foi a primeira a ser autorizada em alguns países, by BioNTech

O objetivo é proteger pelo menos 20% da população até o final do ano, a menos que algum participante tenha solicitado uma porcentagem menor de doses. 

Pelo menos 1,3 bilhão dessas doses estarão disponíveis para as 92 economias elegíveis até o final de 2021. 

Preparação 

Neste trabalho, a OMS está fazendo parceria com a Coalizão para Preparação Contra Pandemias, Cepi na sigla em inglês. Em comunicado, o diretor executivo da Cepi disse que “o surgimento de novas variantes coloca em foco a necessidade de estar um passo à frente do vírus, continuando a investir em pesquisa e desenvolvimento de vacinas.” 

Segundo Richard Hatchett, a comunidade internacional precisa continuar investindo, especificamente em vacinas de próxima geração, para estar pronta “para mudanças de cepas e garantir que tem ferramentas para atender às necessidades de todas as populações em todos os países a longo prazo.”