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OIM destina US$ 750 mil para atender vítimas de furacões na América Central BR

Moradores de Puerto Cabezas, a principal cidade da região norte da Nicarágua, após a passagem do furacão Eta.
© PMA
Moradores de Puerto Cabezas, a principal cidade da região norte da Nicarágua, após a passagem do furacão Eta.

OIM destina US$ 750 mil para atender vítimas de furacões na América Central

Ajuda humanitária

Organização Internacional para Migrações conta com apoio de parceiros e doadores; quantia será usada em ações de reconstrução em El Salvador, Honduras e Guatemala; mais de 17,3 mil guatemaltecos estão vivendo em abrigos temporários; furacões afetaram milhões de pessoas na região.

Uma agência das Nações Unidas está intensificando ações de resposta às vítimas de dois furacões que atravessam a América Central num espaço de apenas duas semanas deixando milhares de pessoas desabrigadas.

Com o apoio de parceiros e doadores, a Organização Internacional para Migrações, OIM, informou que alocou US$ 750 mil para ajuda humanitária e de reconstrução em Honduras, Guatemala e El Salvador.

Dinheiro servirá para compra de kits de higiene, equipamento de proteção, alimentos, material de limpeza e outros itens para as pessoas afetadas.
ONU Panamá/Karla Jimenez
Dinheiro servirá para compra de kits de higiene, equipamento de proteção, alimentos, material de limpeza e outros itens para as pessoas afetadas.

Eta e Iota

O dinheiro servirá para compra de kits de higiene, equipamento de proteção, alimentos, material de limpeza e outros itens para as pessoas afetadas.

Em apenas duas semanas, os furacões Eta e Iota atravessaram a região da América Central causando mortes e desalojamentos por fortes chuvas e deslizamentos de terra.

A diretora-regional da OIM para América Central, América do Norte e Caribe, Michele Klein-Solomon, lembrou que a reconstrução levará anos, e que a assistência deve ser sustentada e duradoura.

Segundo ela, ambos os furacões transformaram, repentinamente, a vida de milhões de pessoas na América Central, no México e no Caribe, o que deverá ter um efeito em movimentos migratórios no futuro.

Com ventos de até 225 km/h quando atingiu a Nicarágua, no início do mês, o Eta arrasou os serviços de saúde de Honduras levando estragos a Belize e Guatemala.
© PMA
Com ventos de até 225 km/h quando atingiu a Nicarágua, no início do mês, o Eta arrasou os serviços de saúde de Honduras levando estragos a Belize e Guatemala.

Guatemala

A OIM na Guatemala afirma que mais de 17,3 mil pessoas estão em 132 abrigos temporários preparados durante a emergência em vários departamentos do país.

O chefe da agência em El Salvador, Honduras e Guatemala, Jorge Peraza, disse que o desastre natural mostrou que é preciso agir de forma coordenada para dar uma resposta eficiente a esses desafios.

Ele lembrou que essas condições climáticas geram deslocamentos forçados.

Secretário-geral defende um avanço na adaptação e resiliência aumentando investimentos
NASA
Secretário-geral defende um avanço na adaptação e resiliência aumentando investimentos

México

Uma das preocupações é com a pandemia da Covid-19 e as condições de higiene dos abrigos. O Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, informou que em Honduras, o número de abrigados já ultrapassou 75 mil. 

Na costa caribenha da Nicarágua, Bilwi, a agência está coordenando com organizações femininas o acesso a mulheres e crianças que foram evacuadas durante a passagem dos furacões.

No sul do México, a Proteção Civil afirmou que quase 297 mil pessoas foram atingidas e pelo menos 30 morreram. A OIM está apoiando dois abrigos no estado de Chiapas, onde distribui água potável e conserta telhados atingidos pelas tempestades.