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Braço da OMS nas Américas pede reabertura segura das escolas para conter pandemia BR

Alunos de uma escola Primária no Camboja, durante o segundo dia de reabertura da escola. Todos os alunos, professores e o diretor da escola usam máscaras, mantêm o distanciamento físico e seguem outras práticas.
Unicef/Seyha Lychheang
Alunos de uma escola Primária no Camboja, durante o segundo dia de reabertura da escola. Todos os alunos, professores e o diretor da escola usam máscaras, mantêm o distanciamento físico e seguem outras práticas.

Braço da OMS nas Américas pede reabertura segura das escolas para conter pandemia

Saúde

Em entrevista à ONU News, vice-diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde, Jarbas Barbosa, citou exemplo de cidades que controlaram a transmissão antes de reenviar os alunos ao colégio.

O retorno de crianças e jovens aos bancos escolares deve se dar de forma segura. Este é o conselho do vice-chefe da Organização Pan-Americana da Saúde, o médico Jarbas Barbosa.

Nessa entrevista de vídeo à ONU News, ele citou algumas cidades da Europa que conseguiram retomar as aulas com as medidas de proteção.

Médico da Organização Pan-Americana da Saúde pede reabertura segura das escolas para conter pandemia

Sociedade

“A educação é fundamental. Não só para as crianças, mas para toda a sociedade. A melhor maneira de ter uma volta às aulas segura é, em primeiro lugar, controlando a transmissão. Cidades da Europa que reabriram as escolas depois de controlada a transmissão fizeram isso de uma maneira bem segura. Enquanto a transmissão está intensa numa cidade, reabrir as escolas pode acelerar essa transmissão e produzir surtos nessas escolas.  

Universidade em Maputo, Moçambique. Aulas presenciais retornaram apenas para os alunos do quarto ano.
Ouri Pota
Universidade em Maputo, Moçambique. Aulas presenciais retornaram apenas para os alunos do quarto ano.

Sintomas

Para Jarbas Barbosa, algumas medidas são fundamentais para reabrir as escolas e para manter o funcionamento delas sem qualquer risco aos estudantes e suas famílias. Ele explicou alguns sinais aos quais professores, pais e alunos devem estar atentos.

“Então, primeiro é controlar a transmissão nas cidades, nos estados que querem reabrir e retornar às escolas que é tão importante.
Segundo: depois de controlado quando se vai abrir as escolas é importante ter um protocolo bem definido, que todos os pais, os professores, os alunos estejam bem informados. Ninguém deve ir à escola se tem algum sintoma de febre, tosse, espirro, por exemplo. Tem que se oferecer o uso de máscaras para crianças maiores, adolescentes e jovens. A questão da lavagem de mãos frequente, ou seja, distanciamento físico quando é possível.  Tomar todas as medidas que podem evitar com que as escolas sejam um foco de um surto.
De maneira que essa volta possa se dar de maneira segura. A educação é muito importante, mas é muito importante que este retorno se dê de maneira segura.”

Alunos em Gana usando máscaras faciais a caminho da escola.
Unicef/Geoffrey Buta
Alunos em Gana usando máscaras faciais a caminho da escola.

Risco

Em todo mundo, mais de 1,6 bilhão de crianças e jovens deixaram de ir à escola por causa do risco de contaminação com a pandemia.

Na semana passada, a Unesco divulgou um guia sobre o retorno dos alunos e o que pode ser feito pelos professores para apoiar as crianças. 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que até a tarde desta segunda-feira, o mundo tinha mais de 30 milhões de casos de Covid-19 e pelo menos 959 mil mortes. Mais da metade dos casos e de mortes estão na região das Américas.

Muitos alunos ainda não regressaram às salas de aula
CCO Public Domain
Muitos alunos ainda não regressaram às salas de aula