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Caça furtiva continua a ameaçar elefantes africanos

Os dados mostram que a Proporção de Elefantes Mortos Ilegalmente, Pike, atingiu o pico em 2011 em 0.77, quando 10% dos elefantes africanos foram caçados.
Unep Grid Arendal/Peter Prokosch
Os dados mostram que a Proporção de Elefantes Mortos Ilegalmente, Pike, atingiu o pico em 2011 em 0.77, quando 10% dos elefantes africanos foram caçados.

Caça furtiva continua a ameaçar elefantes africanos

Legislação e prevenção de crimes

Avaliação recente de Convenção associada da ONU mostra que mortalidade destes animais continua elevada; num século número de elefantes africanos caiu de 12 milhões para 400 mil; depois de pico em 2011, mortes de elefantes caiu até 2017. 

Uma avaliação atualizada da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora SilvestresCites, confirmou que a caça furtiva continua a ameaçar a sobrevivência a longo prazo do elefante africano.

A Cites é um acordo internacional entre governos, apoiado pela ONU, e tem como objetivo garantir que o comércio internacional de espécies de animais e plantas não ameacem a sua existência.

Cálculo

Muitas populações de elefantes africanos são pequenas e fragmentadas e não estão bem protegidas, tornando-as ainda mais vulneráveis à caça furtiva.
Muitas populações de elefantes africanos são pequenas e fragmentadas e não estão bem protegidas, tornando-as ainda mais vulneráveis à caça furtiva.Banco Mundial/ Arne Hoel

Através do seu Programa de Monitorização de Mortes Ilegais de Elefantes, Mike, a Cites avalia os níveis relativos de mortes ilegais com base na Proporção de Elefantes Mortos Ilegalmente, Pike.

O cálculo é feito através do número de elefantes mortos ilegalmente, dividido pelo número total de carcaças de elefantes encontradas por patrulhas ou outros meios, por ano.

Níveis de Pike acima de 0,5 significam que houve mais mortes ilegais de elefantes do que outro tipo de mortes.

Evolução

Os dados mostram que a Proporção de Elefantes Mortos Ilegalmente, Pike, atingiu o pico em 2011 em 0.77, quando 10% dos elefantes africanos foram caçados.

Em seguida, este número diminuiu de forma constante ao longo de 2017 para 0,53 e permaneceu relativamente inalterado em 2018.

Em nota, a Cites explica que estes níveis elevados de Pike são preocupantes porque, mesmo em populações de elefantes bem estabelecidas e protegidas, as perdas anuais devidas a mortes ilegais e outras mortalidades não seriam compensadas pelas taxas de natalidade.

A secretária-geral da Cites, Ivonne Higuer, sublinha que a caça ilegal de elefantes africanos por marfim “continua a ser uma ameaça significativa às populações de elefantes, ao mesmo tempo, a população humana da África cresceu dez vezes, criando competição por terras com elefantes.”

A responsável diz ainda que é necessário “continuar a reduzir a caça furtiva e o comércio ilegal de marfim e encontrar soluções para garantir a coexistência de elefantes com a população local.”

Redução

A Cites é um acordo internacional entre governos, apoiado pela ONU, e tem como objetivo garantir que o comércio internacional de espécies de animais e plantas sejam preservadas.
A Cites é um acordo internacional entre governos, apoiado pela ONU, e tem como objetivo garantir que o comércio internacional de espécies de animais e plantas sejam preservadas., by Banco Mundial/ Curt Carnemark

Muitas populações de elefantes africanos são pequenas e fragmentadas e não estão bem protegidas, tornando-as ainda mais vulneráveis ​​à caça furtiva.

Como os níveis de Pike permanecem acima de 0,5 em África, o número de elefantes africanos em alguns países continua a diminuir.

De acordo com as estimativas mais recentes da Cites, as populações de elefantes africanos caíram de cerca de 12 milhões há um século para cerca de 400 mil em 2016.